Nos últimos anos, assistimos a uma grande transformação na forma como as pessoas pesquisam informação online. Se antes os utilizadores digitavam palavras-chave no Google e navegavam por vários sites até encontrarem o que procuravam, hoje há uma nova realidade: a inteligência artificial generativa entrou em cena e está a mudar tudo.
Modelos como o ChatGPT, Gemini ou Copilot já não mostram apenas links – dão respostas completas. Respondem diretamente às perguntas que lhes colocas, baseando-se em milhões de fontes de informação disponíveis na web. E aqui surge um novo desafio (e uma nova oportunidade) para quem cria conteúdos: a GEO – Generative Engine Optimization.
Neste artigo, vais aprender o que é a GEO – Generative Engine Optimization, porque deves preocupar-te e, acima de tudo, como podes aplicar as melhores práticas para que os teus conteúdos sejam visíveis e relevantes neste novo cenário digital.
O que é GEO?
A GEO (Generative Engine Optimization) é o processo de otimizar os teus conteúdos para que sejam facilmente compreendidos, referenciados e utilizados por motores de inteligência generativa. Enquanto o SEO tradicional tem como objetivo posicionar conteúdos nas páginas de resultados (SERPs), a GEO preocupa-se com a forma como esses conteúdos são citados ou usados em respostas automáticas produzidas por modelos de IA.
Podes pensar assim: se alguém perguntar ao ChatGPT “qual é a melhor forma de proteger uma loja online?”, queres que a tua marca ou artigo seja mencionado na resposta. E isso não acontece por acaso. Tal como no SEO, existem boas práticas que aumentam as tuas hipóteses de aparecer. A diferença é que estás agora a otimizar não para algoritmos de pesquisa, mas para modelos de linguagem que funcionam de forma muito diferente.
Porque é que a GEO é importante?
Hoje, milhões de utilizadores obtêm respostas sem sair de plataformas de IA. Não clicam em links. Não leem o teu artigo inteiro. Confiam na resposta que lhes é dada. E se o teu conteúdo não estiver preparado para este novo paradigma, simplesmente deixas de existir na jornada digital desses utilizadores.
Ao investires em GEO, ganhas:
- Maior visibilidade nas respostas geradas por IA
- Autoridade e credibilidade como fonte referenciada
- Tráfego indireto qualificado e oportunidades de conversão
Diferenciação da concorrência que ainda só pensa em SEO tradicional
As melhores práticas de GEO para 2025
Agora que já percebeste a importância da GEO, vamos ao mais importante: como aplicá-la nos teus conteúdos. Aqui estão as estratégias que deves adotar já:
1. Escreve para humanos, pensando em IA
A inteligência artificial aprende com a linguagem humana, por isso o teu conteúdo deve ser claro, direto e útil. Escreve com naturalidade, como se estivesses a responder a uma pergunta num fórum ou a explicar algo a um cliente.
Evita linguagem ambígua ou demasiado técnica (a não ser que o público o exija) e foca-te em responder de forma completa, mas simples.
Dica: faz uma lista de perguntas que os teus clientes ou leitores te colocam com frequência — e cria conteúdo que responda exatamente a essas questões.
2. Usa perguntas como subtítulos (H2 e H3)
Os motores de IA generativa preferem conteúdos bem organizados. Quando usas perguntas como subtítulos, estás a facilitar a extração direta da informação pela IA.
Por exemplo:
- “Como funciona o certificado SSL?”
- “Quais são os métodos de pagamento mais seguros para eCommerce?”
Este tipo de estrutura torna o teu conteúdo mais legível para humanos e mais citável pelas IAs.
3. Demonstra autoridade e credibilidade
A IA tende a referenciar fontes que transmitem confiança. Por isso, se queres ser citado, tens de mostrar conhecimento e rigor. Como?
- Usa dados estatísticos de fontes fiáveis
- Refere estudos, publicações, entidades reconhecidas
- Cita especialistas (mesmo internos, da tua equipa)
- Mantém uma linguagem objetiva e profissional
A GEO valoriza conteúdos de qualidade, bem fundamentados e sem exageros promocionais.
4. Mantém os conteúdos atualizados
Uma das características da IA é valorizar informação recente. Um artigo de 2020 que nunca foi revisto tem menos hipótese de ser usado por um modelo de linguagem do que um artigo de 2024/2025 com dados atuais.
Por isso, cria o hábito de rever os teus conteúdos com regularidade: atualiza datas, links, exemplos, estatísticas e boas práticas.
Um conteúdo atualizado passa mais facilmente por fonte confiável, tanto para humanos como para máquinas.
5. Utiliza marcação semântica e dados estruturados
Apesar de as IAs serem excelentes a interpretar linguagem, facilitar o trabalho com marcação semântica pode dar-te vantagem.
Inclui marcação schema.org, especialmente se trabalhas com:
- Artigos
- Produtos
- Reviews
- FAQs
- Receitas, eventos ou serviços
Estas marcações ajudam os motores a entender o contexto do conteúdo, a identificar autores, datas, tópicos e relacionamentos.
6. Produz conteúdos originais e profundos
Evita conteúdo superficial ou copiado. Os motores de IA preferem fontes originais, com valor acrescentado. Isso significa que deves:
- Aprofundar os temas que abordas
- Incluir perspetivas ou exemplos únicos
- Desenvolver argumentos próprios
Quanto mais útil e completo for o teu conteúdo, maior a probabilidade de seres citado como referência.
GEO vs. SEO: Competem ou complementam-se?
A GEO não substitui o SEO. Pelo contrário, são estratégias que se complementam. O SEO continua a ser fundamental para apareceres nas pesquisas tradicionais, enquanto a GEO é essencial para esta nova realidade.
Portanto, a tua estratégia de conteúdo em 2025 deve integrar ambas as abordagens:
- SEO para visibilidade em motores de busca
- GEO para destaque nas respostas geradas por IA
A GEO é mais do que uma tendência — é uma mudança estrutural na forma como os utilizadores encontram e consomem informação. Ao aplicares estas boas práticas, estás a preparar os teus conteúdos para o futuro e a garantir que a tua presença digital continua forte num ambiente cada vez mais dominado pela inteligência artificial.
Não esperes que a concorrência te ultrapasse. Começa hoje a tua estratégia de GEO e transforma o teu conteúdo numa fonte de referência para humanos e máquinas.